terça-feira, 30 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Escola Viegas aplica questionário sobre o Córrego da Lagoa *

Alunos e professores da Escola Floriano Viegas Machado estiveram nesta quarta-feira aplicando um questionário aos moradores do Jardim Pantanal e bairros vizinhos, cujo objetivo é diagnosticar o olhar que os mesmos tem para com a área ambiental (nascentes do córrego Lagoa); localizada ao lado: se sabem a importância das mesmas para uma melhor qualidade de vida; se as nascentes estão sendo bem cuidadas; se são favoráveis à realização de um trabalho de preservação e revitalização das mesmas; se avaliam que as autoridades estão zelando satisfatoriamente delas; o que eles moradores podem fazer para intensificar as ações de defesa, valorização e preservação desta área.

Camila Leite, uma das professoras responsável pela elaboração e aplicação do questionário, informou que estes serão tabulados e sistematizados. Os resultados serão discutidos, estudados, divulgados junto à comunidade escolar do Viegas e moradores da região pesquisada. Desta forma – enfatizou a professora – é possível construirmos um movimento que simultaneamente se traduza em um aprofundamento da consciência ecológica e da compreensão pelos moradores de que devem sustentar um movimento popular e ambiental de defesa, preservação, revitalização destas nascentes, e de aprendizado para alunos e professores da Escola Viegas de como conduzir uma pesquisa na prática.

A oportunidade foi aproveitada também para uma rápida visita com os alunos até as nascentes , desta forma, observarem os crimes ambientais que estão sendo cometidos contra estas nascentes, dentre eles  a rede de captação de águas pluviais terminando cerca de 50 metros das mesmas, lançando sobre elas muito lixo (sacos plásticos, garrafas de refrigerantes e produtos químicos trazidos pelas águas das chuvas).
Vale dizer que este fato já provocou muitos danos as referidas nascentes: assoreamento, poluição e diminuição do volume de água, etc; por outro lado, os moradores também lançam lixo doméstico sobre as mesmas, apesar de existir um serviço regular de coleta de lixo mantido pela Prefeitura.

* Texto publicado no site DouradosInforma em 09/07/2009 - 14:08 h

Veja abaixo as fotos dos professores e alunos neste dia:





 

Escola Viegas fez visita de estudo ao Córrego Lagoa *

No sábado passado professores e alunos da Escola Estadual Floriano Viegas Machado, acompanhados pelo professor Edvaldo César Moreti da Universidade Federal da Grande Dourados, realizaram uma visita de estudo as nascentes do Córrego Lagoa, localizadas nos limites dos bairros Jardim Pantanal, Santa Maria e região. Esta visita se deu em cumprimento ao calendário do Projeto Ambiental sob responsabilidade da Escola Viegas, cuja finalidade é desenvolver concomitantemente as seguintes ações:
a) um estudo da profundidade da degradação ambiental causada a área em que estão localizadas as nascentes;
b) sensibilizar a população daquela região para que não agrida o meio ambiente, seja lançando lixo, realizando queimadas, e abrindo diversas trilhas para transitar por dentro da mesma;
c) desenvolvimento de debates, discussões, exibição de documentários, panfletagens, etc., como estratégia de levar os moradores a perceberem o quanto à preservação e a revitalização daquela área é vital para garantir melhor qualidade de vida para a região;
d) publicar na forma de artigos, poesias, documentários, revistas e livros, os resultados do trabalho que tem duração prevista de 03 anos;
e) transformar este projeto em um movimento permanente de defesa daquela e de outras áreas de grande relevância ambiental para Dourados.

Os visitantes percorreram, partindo das nascentes do Córrego Lagoa, aproximadamente mil metros de extensão; fazendo análises dos danos ambientais, registrados, inclusive, através de fotos e filmagens.

Enio Ribeiro, um dos coordenadores do projeto assim se expressou “constatamos que tanto o poder público como muitos moradores da região estão cometendo graves crimes ambientais, o primeiro por ter construído a rede de captação pluvial que termina à cerca de 30 metros das nascentes, através da qual são levados muitos sacos plásticos, garrafas descartáveis, poluição química (resíduos de óleo comestível e combustível, lubrificante, gasolina, e outros) até àquelas nascentes; e os segundos por estarem lançando lixo doméstico e entulho no leito do córrego”.

Os coordenadores do projeto, no entanto, acreditam que podem contribuir ao longo do tempo para o rompimento desta prática do poder público e dos moradores e garantir que haja não só a preservação como também revitalização da área.

De acordo com Márcia Correia, uma outra coordenadora de Projeto “estamos em processo bem avançado de discussões com a UFGD visando à celebração de uma pareceria entre esta e a escola Viegas, cujo intuito é o de termos apoio para realizarmos estudos muito avançados de catalogação das espécies animais e vegetais originais existentes e extintas na área ”. Lembrou que no Projeto está previsto a construção de um viveiro de mudas com as espécies originais e o plantio das mesmas na região.

Já a professora Camila Leite está na fase final de elaboração dos questionários a serem aplicados junto aos moradores o qual visa diagnosticar qual o olhar que os mesmos tem sobre esta área ambiental. Se acham que ela é importante, se deve ser preservada. Estes questionários, segundo Camila serão aplicados periodicamente como instrumento de avaliação as mudanças de atitudes dos moradores em relação a esta área.

*Texto publicado pelo site DouradosInforma em 23/06/2009 - 13:16 h

Fonte: Assessoria da escola

quarta-feira, 24 de março de 2010

Visita dos alunos e profºs ao local das nascentes

Fotos

Exemplo de material levado até as nascentes pela rede de captação de água pluvial, as quais, terminam exatamente cerca de 50 metros das mesmas.

Lixo jogado no local

Fotos das Nascentes


Flagrante de águas relativamente limpas a brotando das nascentes.

Lixo na área

Lixo jogado pelos moradores e depois queimado dentro da área em que estão as nascentes.


Algumas fotos do local

Local onde se situa a nascente.

Professor escreve sobre o Projeto "S.O.S nascentes do Córrego da Lagoa"

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009, 14:21

Professor escreve sobre projeto S.O.S Córrego da Lagoa
*Enio Ribeiro de Oliveira


O lançamento do Projeto S.O.S Córrego da Lagoa, sob responsabilidade da Escola Estadual Floriano Viegas Machado, em 05 de junho de 2009, é uma experiência piloto e que poderá dar mais conseqüência à luta ambientalista no município de Dourados.
Ouso fazer estas afirmações por entender que a escola no século XXI, somente sobreviverá se, simultaneamente, se constituir em espaço de apropriação e produção de cultura, lazer, cidadania e der respostas aos desafios colocados para a humanidade no seu atual estágio de desenvolvimento civilizatório, dentre eles, a questão ambiental.
A escola, pela natureza do trabalho – intelectual - que desenvolve, grande contribuição pode dar a esta questão, haja vista que professores e alunos dispõem de no mínimo 4 horas diárias, 200 dias letivos, isto é, 800 horas por ano dedicadas a apropriação, reflexão e ressignficação do saber socialmente produzidos; como este saber poderá ser instrumentalizado para superar o modelo de desenvolvimento econômico vigente atualmente em todo o planeta, presidido pelo modo de produção capitalista em sua fase neoliberal, cuja característica é o estabelecimento de uma relação extremamente danosa com o meio ambiente, tendo em vista que, os recursos naturais são vistos tão somente como matéria-prima para a fabricação de produtos (mercadorias), visando alimentar o consumismo irracional e garantir a reprodução e acumulação sempre ampliadas do capital. Vale dizer que consumo dos recursos naturais está muito além da capacidade de reposição dos mesmos pela natureza.

Uma análise sobre esta questão no município de Dourados revelará que a expansão da cidade (conjuntos residenciais, empresas, indústrias, rede de esgoto, etc.) e atividades agropecuárias estão se dando, não raro, agredindo e destruindo nascentes, solos e matas ciliares de nossos córregos e rios, em que pese os avanços constatados nas políticas públicas ambientais formuladas pelo poder público e sociedade douradense a partir do ano 2000.
Logo, a iniciativa da Escola Viegas de desenvolver um projeto de preservação e revitalização das nascentes do Córrego da Lagoa, localizadas nos limites do Jardim Pantanal é muito louvável pelo fato de as mesmas estarem sendo duramente atingidas pela ação de moradores da região e pelo despejo da rede de esgoto pluvial, a qual pasme amigo leitor, termina a cerca de 50 metros das referidas nascentes.
Uma visita a estas nascentes permite flagrar sacos plásticos, garrafas descartáveis, etc., levados através da rede esgotos pluvial e despejados sobre as mesmas e a constatar que muitos moradores da região lançam lixo e entulhos no leito do córrego. 

A lagoa - origem do nome de córrego -, não existe, porém, heroicamente as nascentes resistem e pedem socorro.
O projeto a ser desenvolvido pela Escola Viegas busca os seguintes objetivos: a) diagnosticar qual o olhar dos moradores sobre esta área ambiental; b) estudar as relações da sociedade e do poder público com o meio ambiente nesta região; c) contribuir para mudanças de atitudes dos moradores e do poder público em relação a esta área ambiental; d) ser uma experiência piloto visando contribuir para a aquisição de uma nova consciência ecológica pela população da região e de todo o município. Brevemente estarei abordando outros aspectos deste projeto.

*Professor de Geografia da Escola Floriano Viegas Machado.
DouradosNews.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Sobre o Projeto “S.O.S NASCENTES DO CÓRREGO DA LAGOA”


Como surgiu o Projeto?


No início do ano letivo (fevereiro de 2009), a direção e a coordenação da Escola Estadual Floriano Viegas Machado, solicitaram que nós, os professores, elaborássemos uma proposta de um projeto ambiental a ser desenvolvido pela Escola.
Inicialmente, a discussão envolveu, professores das disciplinas de biologia e geografia, da qual saiu à sugestão de que a Escola Viegas, em função do acúmulo de experiências desenvolvendo projetos ambientais em anos anteriores, apresentasse um que além de educar e conscientizar para práticas ambientais corretas, apresentasse as seguintes características:;
b) adotasse uma área ambiental visando preservá-la e revitalizá-la;
c) se constitua em uma espécie laboratório de ensaio, no município de Dourados, em escolas de forma que estas desenvolvam projetos formuladores de políticas públicas ambientais em Dourados mais ousadas visando à preservação dos nossos recursos hídricos.
Uma pré-proposta foi redigida e apresentada aos professores da escola no mês de abril; desta discussão resultou o melhoramento da mesma. Posteriormente esta proposta foi apresentada aos alunos dos 1º Anos do Ensino Médio do noturno, um dos públicos, alvo do projeto.
O lançamento oficial do Projeto ficou acertado para o dia 05 de junho de 2009. Vale lembrar que inicialmente o título dado ao Projeto foi: “Em Defesa das Áreas Ambientais da Cabeceira Alegre”; depois “Em Defesa das Áreas de Preservação de Dourados” e finalmente: "SOS Nascentes do Córrego da Lagoa”.
Para o lançamento solene do Projeto foram convidados representantes da comunidade, representantes da Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Ministério Público do Meio Ambiente e das Universidades Públicas e Privadas existentes em Dourados e das Escolas MunicipaisLaudemira Coutinho de Melo e Clarice Bastos Rosa, e o Arquiteto, Urbanista e Ambientalista, Luís Carlos Ribeiro, este último proferiu uma palestra sobre a questão ambiental em Dourados. A escolha de Luís Carlos se deu pelo fato de o mesmo estar há mais de 15 anos participando ativamente da luta em defesa do meio ambiente em Dourados.
No lançamento deste projeto houve uma série de atividades: paródias, poemas, exibição de vídeos produzidos pelos alunos da escola tendo como objeto a questão ambiental. O professor Enio Ribeiro (geografia) fez uma apresentação de como seria desenvolvido o Projeto. Vale lembrar que os professores Enio e Márcia Correia (biologia), no dia 04 de junho de 2009, estiveram conversando com os proprietários de parte da área onde estão localizadas as nascentes do Córrego Lagoa (Rosângela e Rezeile) quando foram explicar os objetivos do projeto e ao mesmo tempo pedirem a eles permissão para terem acesso as nascentes, objetivando a realização do mesmo. Os proprietários concordaram, revelando que na década de 90, houve uma negociação entre eles e a Prefeitura, na qual ficou acertado que esta para ter autorização para estender a rede de captação de água pluvial aproximadamente 50 metros das nascentes do Córrego da Lagoa, os isentaria de pagar o IPTU. Promessa não cumprida.
Rosângela e Reizele disseram que eles tem 15 vacas leiteiras pastando na área; sabem que ambientalmente isso não é bom, porém, precisam sobreviver; disseram que se houver uma forma de explorar ou serem ressarcidos pelo não uso da área (uma espécie de ICM Ecológico), estão dispostos a aceitar; todavia, demonstraram muita descrença com a Prefeitura, mas que apesar disso liberariam a área para a Escola desenvolver o Projeto, e futuramente estão dispostos a conversar sobre a revitalização e a preservação da área.
Informaram também que foram criados naquela região, e, com muita tristeza lembram-se dos bons tempos em que as nascentes apresentavam águas cristalinas, eram piscosas e próprias para o banho.  

 UM POUCO MAIS SOBRE O PROJETO...



Um dos grandes desafios colocados para a humanidade na atualidade é conciliar crescimento econômico, desenvolvimento e qualidade de vida. O capital em sua lógica de assegurar a sua reprodução e acumulação sempre ampliadas impôs a todo Planeta, um modelo de “desenvolvimento” insustentável nos aspectos sociais, econômicos e, sobretudo, ambiental.

As atividades industriais se caracterizam por colocar no mercado produtos de curta durabilidade, condicionando o consumidor a voltar em intervalos de tempo cada vez mais curtos, para comprar novas mercadorias. Esta inovação constante é uma estratégia de vendas; não porque o bem fabricado tenha chegado ao limite de sua vida útil, mas tão somente porque os produtos mais novos realizam algumas funções a mais.

A conseqüência deste processo é o consumo dos recursos naturais muito além da capacidade de reposição dos mesmos pela natureza; alterações ambientais extremamente danosas para a humanidade: enchentes, furacões, aquecimento global, etc. Em virtude destes fatos, cabe a nós, educadores, despertar na comunidade escolar e sociedade douradense a reflexão sobre a ocupação e organização racional do espaço geográfico urbano e rural do município; pensarmos outros padrões de consumo e um novo modelo de desenvolvimento econômico, sob pena de inviabilizarmos a vida no Planeta.

Os educadores precisam desempenhar as suas funções, a de mediadores de apropriação e de produção do conhecimento tendo como prioridade demonstrar para a comunidade escolar e ao cidadão que o desenvolvimento urbano e rural tem que ser dar combatendo todo e qualquer tipo de práticas irracionais de exploração ou uso dos recursos naturais.

Centrando a nossa preocupação no tema, que deu origem a este projeto: “S.O.S NASCENTES DO CÓRREGO DA LAGOA”, A escola é uma das instituições sociais – pela natureza do trabalho que desenvolve - pode contribuir e muito, especialmente se os professores aceitarem o desafio de pensarem coletivamente a contribuição que podem dar para que governantes e a sociedade sejam convencidos que preservar e revitalizar áreas ambientais são ações imprescindíveis para a perpetuação da vida no planeta.

Em razão dos objetivos enunciados, a escola deve orientar todo o seu fazer pedagógico refletindo sobre a necessidade de um modelo de desenvolvimento eficiente economicamente e ecologicamente correto o que está a exigir uma ação multidisciplinar.

Em função das preocupações acima elencadas, nós, a comunidade escolar da Escola Estadual Floriano Viegas Machado decidimos pela realização de um projeto extremamente ambicioso: estudar a área em que estão situadas as nascentes do Córrego Lagoa (Jardim Pantanal e adjacências), visando não só preservá-la, mas, sobretudo revitalizá-la, tendo como público alvo alunos das turmas de 1º anos do ensino médio e moradores da área na qual será desenvolvido o projeto durante três anos (2009,2010 e 2011).

Toda a reflexão teórica será feita procurando evidenciar que a preservação do meio ambiente atrai investidores, eleva a auto-estima do cidadão, lhe garante melhor qualidade de vida, projetará positivamente a imagem de Dourados no cenário nacional e internacional, viabillizando, inclusive, captação de recursos para colocarmos em prática um modelo de desenvolvimento autossustentável e ecologicamente correto.
Durante a execução desta investigação alunos e os profissionais da escola serão estimulados a publicarem na forma de artigos, charges, vídeos, etc., os resultados e suas impressões decorrentes dos estudos que foram realizados. Serão buscadas patrocinadores e parceiros como forma de viabilizar o projeto no tocante aos recursos humanos, materiais e financeiros, publicação de materiais audiovisuais e uma revista, contendo as conclusões a que levaram estes estudos.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver atividades de Educação Ambiental envolvendo a área em que estão localizadas as nascentes do Córrego da Lagoa, no bairro Santa Maria;
Realizar ações que resultem na preservação e revitalização da área que abriga o Córrego da Lagoa.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estudar os valores morais, éticos e filosóficos que referenciaram o modelo de desenvolvimento econômico douradense;
• Compreender como a economia mundial influencia a atividade ambiental;
• Compreender a relação que a sociedade estabeleceu em Mato Grosso do Sul e no município de Dourados com o meio ambiente;
• Compreender o papel determinante dos grupos econômicos sobre a definição das políticas ambientais no município;
• Conhecer as leis que regem as atividades ambientais do município de Dourados.
• Caracterizar a população que reside no Jardim Pantanal e adjacência;
• Conhecer os movimentos ambientalistas existentes em Dourados;
• Realizar um levantamento das possíveis causas da degradação da área a ser estudada;
• Pesquisar as espécies vegetais nativas existentes e extintas;
• Construir um viveiro para a produção de mudas de espécies nativas;
• Compreender as políticas públicas de construção de conjuntos habitacionais;
• Buscar a constituição de um movimento permanente na escola Floriano Viegas Machado visando à construção de um modelo de desenvolvimento econômico e ecologicamente sustentável;
• Desenvolver ações educativas na comunidade escolar voltadas para as questões ambientais;